Esportes

Ídolo do Vitória, ex-atacante Índio está com coronavírus

Índio comemora após balançar a rede no Ba-Vi do 6×5, em 2007 (Marcio Costa e Silva / CORREIO)

Ídolo do Vitória, Índio estampou as manchetes dos jornais muitas vezes entre 2006 e 2008, quando distribuía flechadas aos adversários rubro-negros em campo. Era assim que o então artilheiro comemorava os gols. No entanto, dessa vez, o ex-atacante chama a atenção por motivo bem diferente. Ele é mais um caso confirmado de covid-19, vírus que já infectou 125.218 pessoas no Brasil e levou à morte de 8.536, segundo balanço divulgado pelo Ministério da Saúde na noite de quarta-feira (6).

Aos 38 anos, Índio esteve internado por dois dias no Hospital São José de Doenças Infecciosas, em Fortaleza, onde mora. Ele teve alta no final da manhã desta quinta-feira (7) e ja está em casa. “Hoje de manhã os médicos passaram e deram alta para ele fazer o tratamento em casa. Ele está bem”, garante a esposa do ex-jogador, Meireany Costa, 32 anos. 

“Ele está muito abalado ainda por ter dado positivo. Vai ficar isolado durante 15 dias. Só eu vou poder ficar com ele porque já tive contato. Quem teve primeiro fui eu e Índio ficou cuidando de mim, só que eu só fiquei três dias doente. Está tudo bem, eu não estou sentindo nada. Todo mundo em isolamento e, se Deus quiser, ele vai ficar bem”, conta Meireany.

Índio está trabalhando como motorista de Uber na capital cearense, mas não estava rodando durante a pandemia. “A gente acha que ele contraiu o vírus na casa dos pais, porque uma pessoa infectada esteve lá e Índio esteve lá. Agora é só rezar”, afirmou a esposa.

Índio foi levado por Meireany a um outro hospital na segunda-feira (4) apresentando tosse e cansaço, porém não conseguiu realizar o teste para diagnosticar se estava com coronavírus. “Todos os hospitais aqui estão lotados. Atenderam ele e passaram os testes. A gente rodou Fortaleza toda e, até pra pagar, não está tendo exame. Ele estava muito cansado e queria ir pra casa”, conta ela.

Na terça-feira (5), Índio seguiu apresentando os sintomas e então foi levado ao Hospital São José, onde foi internado. “Ele ficou na maca, na emergência, esperando um leito, mas no mesmo dia arrumaram um leito. Ele estava cansando com frequência e, quando o médico viu o raio-x, pediu pra deixar ele internado para não dar nenhuma complicação maior”, explica Meireany. “Ele entrou com quadro de pneumonia, mas não foi para o oxigênio. O médico realmente só deixou ele lá por conta da pneumonia, porque ele estava com cansaço e tossia muito, não era nem falta de ar. Ontem, saiu o resultado do exame e realmente foi detectado o vírus”, detalha.

O Vitória foi o clube onde Índio mais se destacou. Ele esteve na Toca do Leão entre 2006 e 2008, período em que conquistou com o rubro-negro dois acessos consecutivos no Campeonato Brasileiro, à Série B e à Série A. A temporada mais marcante foi a de 2007, quando foi campeão baiano e artilheiro do estadual, com 26 gols. Também foi naquele ano que ele deixou a marca no último Ba-Vi realizado na antiga Fonte Nova ao balançar quatro vezes a rede no clássico vencido pelo Vitória por 6×5.

Após jogar no Gyeongnam e no Chunnam Dragons, ambos da Coreia do Sul, ele voltou a vestir a camisa do Vitória, em 2012. Ao todo, Índio entrou em campo com o manto vermelho e preto em 131 jogos e anotou 66 gols. Nascido em Itatira, no interior do Ceará, o ex-atacante foi revelado pelo Atlético Cearense, anteriormente conhecido como Uniclinic. Na Bahia, também defendeu Ipitanga, Vitória da Conquista, Ypiranga e Jacuipense. A última agremiação profissional que ele defendeu foi o Real Ariquemes, de Rondônia, em 2018. No ano passado, foi vice-campeão do Intermunicipal com a seleção de Itapetinga, derrotada nos pênaltis por Itamaraju na final.

 

Fonte: Correio


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