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Novo diretor de Esportes quer desengavetar ‘Bolsa Atleta’ não sancionado por ACM Neto

Novo diretor-geral de Esportes de Salvador, num cargo lotado Secretaria Municipal de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esporte e Lazer (Sempre), o ex-vereador Felipe Lucas (DEM) pretende tirar do papel o projeto do Bolsa Atleta Municipal, aprovado pela Câmara ainda em 19 de setembro de 2017, mas que nunca foi sancionado pelo ex-prefeito ACM Neto (DEM).

“A proposta deste projeto é, de alguma forma, viabilizar um recurso para esses jovens, garotos e garotas que, hoje, muitas vezes acabam desistindo do seu sonho e do talento por falta de apoio e do mínimo necessário de recurso para uniforme, transporte, uma boa alimentação, participar de um bom campeonato…”, explica Felipe Lucas, em entrevista ao Bahia Notícias.

De acordo com o titular da diretoria esportiva, a pandemia da Covid-19 atrapalhou os planejamento de viabilizar o plano. Ele afirmou que, mesmo sem sancionar o texto, Neto deliberou para que a prefeitura fizesse os estudos de viabilidade econômica do projeto. A ideia é conseguir que a bolsa saia do papel ainda neste ano.

“Com essa coincidência de eu acabar entrando na diretoria-geral de Esportes, acho que é um momento bom para tentar viabilizar a realização do projeto. Eu tenho uma certa convicção de eu vai ajudar e muito este segmento da sociedade”, projeta.

Ainda segundo o dirigente, “agora é fazer todo o trabalho de bastidores, de viabilidade econômica e técnica para que, em algum momento, o prefeito Bruno Reis (DEM) sancione.”

O PROJETO
De acordo com o programa, terão direito à bolsa os atletas dos seguintes esportes: artes marciais, stand up paddle, canoagem, vela, natação, corrida e bicicross. O benefício só poderá ser fornecido ao esportista por, no máximo, 24 meses.

Em relação às obrigações para inscrição, cada atleta deve estar vinculado a alguma entidade de prática desportiva ou entidade de administração desportiva da respectiva modalidade. Além disso, é necessário ter participado de competições esportivas oficiais em âmbitos municipal, estadual, nacional ou internacional, no ano imediatamente anterior àquela em que tiver sido pleiteada a concessão da do auxílio.

Os valores a serem recebidos não estão previstos no projeto porque, segundo Felipe Lucas, isto ficará a cargo da prefeitura. A remuneração, contudo, seguirá critérios estabelecidos pelos municípios, considerando histórico do atleta, modalidade, conquistas históricas, competições, medalhas, troféus, categoria na qual se encontra inscrito e a importância do atleta e da modalidade na programação da secretaria.

Caso saia do papel, o benefício será mais um à disposição dos atletas no estado. Atualmente, à nível baiano, existe o programa Faz Atleta. Já à nível federal, há o Bolsa Atleta.


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